Pós-graduação em Ergonomia está com inscrições abertas na Fatep para profissionais com nível superior de várias áreas.
02-01-2017 – A ergonomia tem como objetivo melhorar as condições de trabalho, permitindo maior conforto operatório e segurança, integrando critérios de produtividade e qualidade. Ela se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, cognição e layout com o objetivo de melhorar a segurança, satisfação e bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos.
O resultado disso tudo será uma maior eficiência no trabalho. Um ambiente mal planejado pode gerar desconforto, doenças e mal-estar, acarretando em perda de produtividade. As condições de insalubridade e desconforto são minimizadas, ou até eliminadas, sendo adequadas às capacidades e limitações físicas e psicológicas do trabalhador.
Os benefícios são:
• adequação das condições operatórias às exigências de trabalho;
• adequação a leis ou normas;
• redução do absenteísmo e da rotatividade;
• adequação do posto de trabalho à atividade de trabalho;
• garantia da segurança do trabalhador na realização das suas atividades;
• aumento do conforto operatório;
• diminuição de problemas de saúde decorrentes da atividade de trabalho;
• melhoria da estrutura organizacional da empresa;
• adequação das ferramentas ao trabalho;
• desenvolvimento de critérios para a aquisição dos meios de trabalho (ferramentas, máquinas, etc.);
• planejamento de um posto de trabalho levando em conta a abordagem ergonômica.
Segundo a legislação brasileira, na Norma Regulamentadora NR 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como: “A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho.”
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa.
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna etc.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada etc.
Um dos principais riscos encontrados nos mais diversos ambientes de trabalho e responsável por uma gama variável de doenças ocupacionais é o Risco Ergonômico. O ambiente de trabalho ergonomicamente incorreto é um causador importante do adoecimento físico e mental dos trabalhadores.
São áreas de aplicação da Ergonomia:
1) Ergonomia na organização do trabalho pesado – planejar o trabalho em atividades fisicamente pesadas, com alto dispêndio de energia e, em alguns casos, em ambientes de altas temperaturas, tendo como objetivo evitar os quadros de fatigas;
2) Biomecânica aplicada ao trabalho – é o estudo dos movimentos humanos sob a ótica da mecânica. Estudamos as sobrecargas na coluna vertebral, as posturas incorretas, a prevenção da fadiga muscular, a prevenção das tendinites, tenossinovites, as lesões por movimentos repetitivos etc.;
3) Adequação ergonômica geral do posto de trabalho – por meio dos estudos de antropometria, planeja-se os postos de trabalho visando um índice de satisfação de 90% da população trabalhadora, nos diversos tipos de trabalhos em pé, semissentados ou sentados;
4) prevenção da fadiga no trabalho – identificando e corrigindo os fatores de sobrecarga;
5) prevenção do erro humano – que muitas vezes pode estar associado com os riscos ergonômicos.
Não há um profissional específico para lidar com os problemas e soluções no campo da ergonomia. Esse trabalho deve ser desenvolvido por uma equipe multi e interprofissional na abordagem dos problemas e das soluções ergonômicas no trabalho. A equipe multiprofissional é composta por pessoas de diferentes especialidades que se complementam, tais como: médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, engenheiro industrial, projetista, desenhista industrial, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, gerente, supervisor, trabalhadores de produção etc. (Compartilhado do site www.portaleducacao.com.br)