03/09 – O perfil do executivo brasileiro

03/09 – O perfil do executivo brasileiro

Opinião03/09 - O perfil do executivo brasileiro...

 

Para analisarmos o perfil do executivo brasileiro é importante lembrarmos das mudanças advindas às organizações após 1990. Vivemos agora na Era da Informação, onde os funcionários são vistos como seres humanos e não mais apenas como recursos. A preocupação com normas e procedimentos cedeu lugar a preocupação com resultados, cujas metas devem ser negociadas e compartilhadas.

A participação, o comprometimento, a ênfase na ética e na responsabilidade superaram uma rotina organizacional burocrática, rigidamente hierarquizada, com pessoas alienadas por uma comunicação vertical. Em termos de estrutura organizacional migramos da matricial para a orgânica, mais flexível e descentralizada, com redes de equipes multifuncionais, deixando para trás a velha departamentalização.

Compreendo que hoje um executivo bem sucedido precisa aprender a desenvolver habilidades que o qualifiquem a liderar mudanças e a pensar estrategicamente.

Possuir um plano de desenvolvimento, conhecer os próprios pontos fortes e a melhorar, buscar aperfeiçoamento contínuo permite aos profissionais se integrar e manter nos mais distintos mercados altamente competitivos. E mais, irá prepará-lo também para saber decidir por áreas de atuação, escolha de ambientes e culturas organizacionais que sustentarão e impulsionarão o desenvolvimento pessoal e profissional.

Hoje falamos muito em culturas de alta performance que se diferenciam pela forma com que lidam as questões humanas. Para desenvolver e reter talentos estas culturas não economizam em educação e treinamento. Este suporte real age de forma a sustentar um executivo apto no planejamento de metas e obtenção de melhores resultados.

Formular propósitos, comunicar por meio de interações dinâmicas e influenciar na motivação de todos são características de uma organização que se concentra estrategicamente em valores humanos, adjetivando-a em participativa e visionária.

Um executivo que integre tal ambiente estará seguro e confiante para liderar estrategicamente. Ou seja, será capaz de ajudar outras pessoas a identificar prioridades no trabalho baseando-se na contribuição organizacional, conseguirá traduzir responsabilidades prioritárias em objetivos verificáveis e definirá limites, medidas e pontos de verificação apropriados que garantam uma delegação eficaz.

Consequentemente conseguirá cumprir suas responsabilidades com o mais alto nível de qualidade e eficiência, precisão e agilidade. Acredito que um executivo é um empreendedor que sonha, uma espécie de sonhador que realiza o que sonha. Assume a responsabilidade pela criação de inovações dentro das organizações. Pode ser um criador ou um inventor… Mas será sempre um sonhador que sabe como transformar uma idéia em uma realidade lucrativa!

* Luciana Leme é pedagoga formada pela USP, especialização em Psicopedagogia pela PUC-SP. Atua há 15 anos na área de RH, como consultora de negócios, instrutora e capacitadora de treinamento no desenvolvimento de projetos de T & D para empresas nacionais e multinacionais de diversos segmentos. Intensa prática com clientes de empresas de médio e grande porte, com vendas de programas de capacitação de executivos, para as áreas de Comunicação, Liderança, Negociação, Vendas e Atendimento ao Cliente. Atualmente é consultora em Gestão de Pessoas da Fatep (Faculdade de Tecnologia de Piracicaba)