As crianças são o futuro do ambiente
Na semana em que é comemorado o Dia da Água, se faz necessário pensar em muitas coisas. Por que ainda não nos conscientizamos de que precisamos de água para viver? É então que as crianças dão um verdadeiro show de sabedoria e civilidade.
Já vi criança pequena dando bronca nos pais, que jogam lixo pela janela do carro. Esses mesmos pais são aqueles indivíduos que reclamam dos serviços públicos de manutenção dos bueiros, quando há enchentes, mas não se preocupam com ações simples, que podem evitar o entupimento dos sistemas de escoamento.
Acredito que não exista ditado mais verdadeiro que o que diz: “é de pequeno que se torce o pepino”. Nesse contexto, educadores e todos aqueles que ensinam os pequenos a valorizar o ambiente e tudo o que ele tem para nos oferecer estão de parabéns.
De acordo com a definição descrita na Internet, educação ambiental é o processo de transmissão de conhecimentos responsável por formar indivíduos preocupados com a conscientização sobre os problemas que envolvem o meio ambiente, a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade, considerando a temática de forma holística, abordando os seus aspectos econômicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos.
Sob essa perspectiva, é importante ressaltar que tal processo não deve ser confundido com ecologia, que é apenas um dos inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental. Portanto, falar sobre educação ambiental é dialogar sobre aprendizagem com o acréscimo uma nova dimensão – vinculada aos temas globais de sustentabilidade, contextualizada e adaptada à realidade interdisciplinar – que é a ambiental.
A educação ambiental crítica empenha-se em despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do ecossistema, procurando superar a visão antropocêntrica, que permitiu ao homem o entendimento de que é o centro de tudo, e o fez esquecer a importância da natureza, da qual é parte integrante.
Desde muito cedo na História humana, a sobrevivência em sociedade estava atrelada ao conhecimento que os indivíduos precisavam ter sobre seu ambiente. O início da civilização coincidiu com o início do uso do fogo e de outros instrumentos criados para modificar o entorno. Com os avanços tecnológicos, esquecemos que nossa dependência da natureza continua.
De maneira vigorosa, educadores e profissionais ligados à área ambiental, como os engenheiros agrônomos, têm mostrado todos os problemas causados pelo crescimento populacional, urbanização, industrialização, desmatamento, erosão, poluição atmosférica, aquecimento global, destruição da camada de ozônio, dentre outros, obrigando o mundo a refletir sobre a necessidade de impulsionar a discussão sobre essas questões. O cenário é muito preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos, sem distinção.
Projetos educacionais incentivados pela iniciativa pública têm uma prospecção muito positiva. A possibilidade de implantação de composteiras nas escolas infantis é uma forma muito didática de demonstrar aos pequenos como reutilizar os materiais, principalmente orgânicos, retornando-os à natureza, contribuindo, dessa maneira, para a sua conservação e não para a sua destruição.
Ensinar como fazer o uso racional da água também é outra ação educacional, que traz como legado o bem-estar da coletividade. Como já dizia o grande filósofo, Mário Sérgio Cortella: “O mundo que vamos deixar para os nossos filhos depende dos filhos que vamos deixar para o nosso mundo”. Pense nisso!